- No encontro de Barcelona PNO troca experiências com associações reconhecidas pela UNESCO.
- Todos destacam a necessidade de melhorar o diálogo entre as administrações e as ONGs na defesa e na proteção do património imaterial que exige as medidas mais urgentes.
- As associações debateram ideias sobre investigação, divulgação e relações diplomáticas.
A necessidade de coordenação de esforços entre todos os coletivos reconhecidos pela UNESCO como entidades consultoras daquela instituição, foi o centro dos diferentes debates e reflexões que tiveram lugar no passado fim-de-semana em Barcelona, durante o Encontro ibérico de ONGs consultoras da UNESCO para o Património Cultural Imaterial, no que esteve presente Ponte…nas ondas!, a única das entidades participantes que tem carácter transnacional e desenvolve o seu trabalho em dois países. Nas boas vindas aos coletivos Rosa María Provencio, presidente da confederação cultural catalã organizadora do encontro, o Ens de l’ Associacionisme Cultural Català, sublinhou a importância de que a sociedade civil se organize para aplicar as medidas contempladas na Convenção da UNESCO.
Projetos de educação, turismo sustentável e de qualidade, musealizações, etc. foram algumas das iniciativas que se comentaram durante a abertura do foro, onde as ONGs trocaram experiências e mostraram a variedade de áreas de ação que abrangem no seu trabalho, relativamente ao património cultural imaterial. Posteriormente, debateu-se a orientação que se prevê, no futuro, para o ICH NGO Forum (Foro de entidades reconhecidas para a Convenção para a Salvaguarda do PCI) e sobre os seus mecanismos de coordenação interna. Entre outras questões, expôs-se a necessidade de melhorar os mecanismos de coordenação entre os Estados e as associações na proteção do património imaterial que precisa de medidas urgentes de salvaguarda.
A importância da divulgação
Sob a máxima de que “se não se conhece, não existe”, a segunda parte da jornada conjunta das associações aprofundou as experiências de divulgação. Algumas das questões analisadas: Como introduzir o amor pelo património autóctone nos centros de ensino; que fazer para difundir o património de uma forma atraente para uma grande percentagem da população; que fazer para potenciar o valor identitário das expressões autóctones entre as comunidades praticantes; como colaborar e incidir sobre o mundo da comunicação ou que novos formatos usar para a difusão do património imaterial.
Diversidade de âmbitos e experiências
A respeito da pluralidade de propostas que se encontraram no foro das associações a própria nota oficial do Ens catalã diz:
“Numa equipa de futebol, tão importante é a segurança que pode garantir um defesa central, como o controlo do jogo de um central e a ousadia de um avançado. Todas as posições e todas as funções são necessárias para atingir o sucesso desejado. Do mesmo modo, a dinamização do património cultural imaterial requer diferentes papeis e responsabilidades. Se queremos marcar um golo, quer dizer, se queremos conseguir salvaguardar as expressões culturais contra o efeito da globalização, temos que coordenar as medidas de salvaguarda que aplicamos em diferentes âmbitos. É imprescindível conhecer os blocos de atuação concretos, para podermos aspirar à vitória”.
Além de Ponte…nas ondas!, assistiram ao Encontro: de Portugal o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), a Fundaçao INATEL e a Memória Imaterial Cooperativa Cultural. E do resto do Estado español participaram a Associació d’Estudis Fallers, o Centro de Estudios Borjanos “Fernando el Católico”, o Centro UNESCO de la Ciudad Autónoma de Melilla, o Centro UNESCO de San Sebastián, a Coordenadora de Colles Castelleres de Catalunya, a International Association of Paremiology e UNESCO Etxea: Centro UNESCO de Euskal Herria.