Ponte... nas Ondas!

III Concurso de fotografia “Imagens do património”: As vencedoras!


Veredito do júri e galeria de imagens premiadas.

*A IV edição do concurso será convocada em breve. Fique ligado nas redes PNO!

(Ao clicar aqui, você pode ver o conjunto da galeria de imagens recebidas: Participantes no III Concurso de fotografia “Imagens do património”)

VEREDITO DO JÚRI

Reunidos Anxo Cabada professor e fotógrafo, Xerardo Pereiro professor e antropólogo, Cristina Sánchez-Carretero investigadora e antropóloga e Xerardo Feijoo membro da Associação Cultural e Pedagógica Ponte… nas Ondas! atuando como secretario com voz e sem voto, constituem como Jurados do III Certame de fotografia “Imagens do património”, concordam

1º.-Agradecer aos centros de ensino, professores e alunos a sua participação neste III Certame de fotografia “Imagens do património” criado pela Associação Cultural e Pedagógica Ponte… nas Ondas! e que se pretende, como objetivo principal, mostrar às novas gerações a existência de um rico e variado Património Cultural, para tal propusemos a iniciativa aos centros escolares os alunos e alunas procurarem, na companhia dos seus familiares, aquelas fotos que contenham elementos desse património que queremos dar a conhecer. Nas bases e como complemento desta busca solicitávamos como complemento à participação no concurso com a inclusão de um texto explicativo da imagem.

2º.-O júri avaliou a grande qualidade da maioria dos trabalhos apresentados a concurso e o esforço mostrado na elaboração do texto que acompanha cada uma das fotografias, que propunham à entidade que organiza o concurso, que faça a gestão ou o desenho de atividades que permitam mostrar e difundir as fotografias apresentadas, dada a sua qualidade e interesse, para a sua divulgação e para que sirvam como estímulo e exemplo para outros projetos educativos similares.

3º.-Os membros do jurado acordam outorgar os seguintes prémios nas distintas categorias estabelecidas pelas Bases do Concurso,

Categoria Ensino Primário/Ensino Básico

1º Prêmio: Rafaela Gomes Teles da Escola Básica e Secundaria de Sobreira, Paredes, área metropolitana do Porto

Nesta fotografia está um grupo de trabalhadores do campo em França, e nela está presente o meu trisavô com amigos e vizinhos dele, durante a guerra de 1914 e 1918. Ele chama-se Antonio Rodrigues, e é a terceira pessoa da fila que está de pé. Durante a guerra ia muita gente para os campos de batalha, e fazia falta gente para trabalhar na agricultura e na industria. Esta foto foi usada como carta, e no seu verso ele pedia para dar noticias sobre o que se estava a passar com a família. Aqui nesta carta encontram-se muitos erros ortográficos, mas mesmo assim o meu bisavô tinha muito orgulho nela. Isto porque o pai dele sabia ler e escrever, o que era uma coisa muito rara naquela altura, principalmente para quem vivia da agricultura. Foi com esta foto que eu fiquei a conhecer mais sobre a vida dele e também dessa época.

2º Prêmio: Sira Veloso Zúñiga do CEP Sabarís, Baiona

Nesta fotografía, feita en 1.951, aparecen un grupo de nenos que, tal e como era tradición, recollen as moedas que se lanzaban ao aire á saída dun bautizo . A bautizada era Elsa Garcia (avoa de Sira) , e a igrexia era a do Sagrado Corazón do Areal en Vigo. Estaba por onde hoxe se atopa a estación de tren de Guixar en Vigo.

3º Prêmio: Maria João Carvalho do Agrup. Esc. Gondifelos, Vila Nova de Famalicão

Fotografia de 1927 Esta foto é da minha bisavó, Eva Carvalho. Este momento foi registado durante umas férias na Póvoa de Varzim, uma das estâncias balneares do Norte do país. O cavalinho e cenários são característicos da épocae uma recordação das férias das pessoas abastadas.

Também prêmio: Mariana Guimarães do Agrupamento de Escolas de Gondifelos, Vila Nova de Famalicão

Fotografia de 1967 Esta foto retrata uma tradição muito antiga da freguesia de Negreiros, no concelho de Barcelos, na qual a minha avó está a participar. Esta tradição acontece nas festas da Santa Justa, no último domingo do mês de agosto, em que as jovens solteiras, vestidas com os trajes regionais, participam na procissão de vasos de plantas naturais que culmina no cemitério, onde as jovens homenageiam os seus entes queridos.

Categoria Ensino Secundário Obrigatório / Ensino Secundário

1º Prêmio: Claudia Vigo do IES Antonio Fraguas, Santiago de Compostela

Esta foto é aproximadamente do 1950 e nela aparecen a miña avoa e bisavoa no seu traballo de toda a vida. A miña avoa traballou dende os 10 anos na praza de Abastos, o segundo monumento máis visitado turisticamente de Santiago, despois da Catedral. Traballaba vendendo legumes e e froitas nun posto e máis tarde flores. Cando vendía legumes e flores levábanlle todos os días produtos a dous dos hoteis máis importantes de Santiago, o “Hotel Peregrino” e o “Hostal dos Reis Católicos”. Traballaba todos os días pola mañá menos o domingo. Ela deixou de traballar aos 65 anos e sempre dixo que estivo moi contenta alí. Aínda hoxe existen estes postos na praza de Abastos de Santiago e mulleres e homes que veñen de pobos limítrofes vender os seus produtos do campo. Algo que non se debería perder. Encántame ir á praza os sábados coa miña avoa e miña nai!

2º Prêmio: Claudio Afonso Conraria da Escola Básica e Secundária do Agrup. de Esc. Muralhas do Minho, Valença do Minho

Nesta foto, tirada em 1964, podemos ver os meus avós paternos e também uma das minhas tias, a praticar a agricultura num campo perto do rio Minho e onde também hoje há uma ecopista. Eles estavam a utilizar um animal a puxar um arado e enxadas, que eram os instrumentos mais utilizados naquela altura. Normalmente cultivanba-se batatas e couves, assim como o milho, mas a maior parte era para dar de comer aos animais. Ao redor do campo podem-se ver vinhas o que também era bastante comum e um muro com bastante vegetação e árvores à volta, onde depois se situavam mais campos. Todos estes campos eram dos meus familiares e todos ajudavam a cultivar os campos dos outros para a maior quantidade de vegetação possível, pois não era muito fácil conseguir comida uma vez que o dinheiro era pouco, e a zona onde se situavam não era muito habitada. Esta foto para mim é importante pois sempre me lembra de como a vida era antigamente e também me lembra de como a minha avó me contava histórias sobre esse tipo de coisas e como as faziam.

3º Prêmio: Greta García Salgueiro do IES Valadares, Vigo

Esta cómica fotografía sacouse no ano 1969 e nela aparece o meu avó Marcelino, de pé á esquerda e “armado” cun coitelo, a piques de lle cortar o pelo ao seu curmán Juan, sentado e berrando polo que lle ían a facer despois do tempo e do esforzo que lle levara ter o pelo longo e xusto cando comezaba a estar de moda llelo cortaron xa que tiña que comezar o servizo militar obrigatorio, a “mili”, que naquela época duraba ano e medio e á que debían acudir co pelo curto ou totalmente rapado. Afortunadamente para o curmán Juan, el non tivo que pasar todo o tempo na mili xa que, xusto cando estaba facéndoa, baixaron outros tres meses da súa duración, polo que só estivo quince meses de “mili”. O meu propio avó Marcelino fixéraa xa previamente a “mili”, na división de Mariña por mor do resultado dun sorteo e o que puido desembocar en varios problemas posto que o meu avó non sabía nadar na época, o que resulta bastante gracioso tendo en conta o corpo do exército no que fixo finalmente o seu servizo militar.

Também prémio::
Noelia Cabaleiro Rodríguez do IES Pedras Rubias, Salceda de Caselas

Cando se comezaron a facer os primeiros “botellóns”? Nesta imaxe de 1961 aparecen un grupo de mozos, entre eles está o meu avó Manuel Cabaleiro e o seu irmán Francisco Cabaleiro (os da dereita de todo), gozando dunha das romarías máis famosas de Salceda de Caselas, a subida ao penedo de San Cibrán. O meu avó cóntame que subían andando ata o penedo, detrás das distintas procesión que o facían dende as parroquias da contorna; ía moita xente, pero sobre todo mozos e mozas. Alí pasaban todo o día. Aproveitando a romaría, os rapaces e rapazas levaban comida, e sobre todo viño branco, viño tinto, augardente, licor café… Tamén había gaiteiros que tocaban e amenizaban a festa e os grupos de mozos e mozas que alí se xuntaban porque daquela aínda non había radios portátiles para que os grupos puidesen escoitar música. Con todo isto os grupos de rapaces e rapazas podían pasalo ben e divertirse, a foto non deixa lugar a dúbidas, e segundo me din tamén sempre había algún mozo que acababa un pouco prexudicado polo viño. E así era como a xuventude se relacionaba entre ela. Agora que o penso, non se vos parece un pouco isto a algo que fai a xuventude de agora? Aí deixo a pregunta.

Paula Comesaña Pérez do IES Terra de Turonio, Gondomar

Esta é a miña avóa Elsa con 11 meses de idade. A foto foi tomada na parroquía de Santa María de Chaín, Gondomar, para que o seu pai, Marcelino, que emigrara a Montevideo-Uruguay, coñecera a súa filla, que naceu estando el alí. Por detrás desta foto, a súa nai, Dorinda Nieves (miña bisavoa), escribiulle como se atopaba a nena: “Chaín 20 de Abril de 1953. Lino mira que preciosa esta la nena solo está un poquito aumenta poco pero es más linda en persona que en la foto de esa misma gordura estaba antes de estar enferma por ahora esta un poquito menos pero esta engordando de nuebo fijate para ella que le ves los dientes de bajo tiene dos de arriba pero no se ben no anda pero abla muy bien paro de andar cuando estubo enferma. Besos y abrazos de la nena.” Miña bisavoa na casa, expresábanse en galego, pero cando escribían facíano en castelán; tal e como aprenderan.

Prêmio Especial para escola que enviou o conjunto maior de fotografias que, cumprindo as bases do Concurso tenham grande relevância pelo seu conteúdo: CEP Sabarís CEP Sabarís, Baiona

Vigo, a 10 de novembro de 2020

Aqui podem ver-se todas as fotos desta III Edição: Participantes no III Certame de fotografía “Imaxes do patrimonio”

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